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Metas climáticas

  • marketing39797
  • 6 de out.
  • 2 min de leitura

Num mundo cada vez mais industrializado e tecnológico, a dependência energética influência diretamente o desenvolvimento económico, social e ambiental. A forma como os países consomem e gerem os seus recursos energéticos revela as suas prioridades, desafios e até mesmo as desigualdades.

Jorge Moreira da silva, subsecretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas) e ex-ministro do Ambiente, afirmou em 29 de setembro, aquando da conferência dos 25 anos da ADENE-Agência para a Energia (que atua em domínios tão diversos como a certificação energética, a eficiência de edifícios, informação aos consumidores e ao mercado bem como o combate à pobreza energética entre outros) que Portugal está num bom nível no que diz respeito às energias renováveis. No entanto, alertou que, apesar de estarmos na direção certa, seguimos na velocidade errada. Para cumprir a meta de limitar o aquecimento global a 1.5° C até ao final do século, ainda há muito trabalho a fazer. É essencial rever as metas nacionais de todos os países, pois sem essa revisão, estima-se que o planeta poderá aquecer até mais 2.9° C.

Portugal foi apontado pelo Diretor da Agência Internacional de Energia, como um bom exemplo na transição energética (A+), na diversificação das fontes e no sucesso da liberalização do mercado. O plano nacional de Energia previa uma quota de produção de 80% de energias renováveis até 2030, mas essa meta poderá ser antecipada já para 2026. Isto só é possível porque em 2024, 71% da energia produzida em Portugal teve origem em fontes renováveis. Além disso, em agosto deste ano, os consumidores foram integralmente abastecimentos por energias verdes durantes seis dias consecutivos.

A ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho, ainda durante a celebração dos 25 anos da ADENE anunciou a intenção de incentivar a produção descentralizada de energia em comunidades e revelou que, em breve, será apresentado o mapa das zonas de aceleração dos equipamentos renovais. Este mapa destina-se a investidores e inclui o hidrogénio, que, no âmbito da estratégia verde, terá um papel importante no futuro energético. Portugal, com o seu elevado potencial neste setor, pode tornar um polo atrativo para a indústria. A Ministra aconselhou ainda o país a apostar na refinação de litío, uma atividade de maior valor acrescentado, lembrando que Portugal possui as maiores reservas deste recurso na Europa.

O acesso a energias renováveis e acessíveis é fundamental, sendo essencial apostar, entre outros aspetos, na melhoria da eficiência energética e no aumento da quota das energias renováveis. A este propósito, em 2021, as energias renováveis representaram 21,8 % do consumo final bruto de energia (CFB) da União Europeia (UE), sendo que o objetivo é atingir os 45 % em 2030. Em Portugal no mesmo ano, essa quota era de 34%.


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Diário de Notícias  Jorge Moreira da Silva

 
 
 

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